sábado, 12 de janeiro de 2008

Opinião: A magia chamada futebol.

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A emoção é algo indescritível, e que pode está associada a múltiplas circunstâncias da vida: O filho (A) que nasce, a descoberta de um grande amor, uma conquista profissional. Porém, existe uma que sacode multidões num só momento, um instante muito especial, o do gol. O time Vence! E a cada bola na rede nos tornamos meninos, pulando, gritando sem regras e padrões. O desabafo é tão grande que depois fazemos um exame de consciência, e nos perguntamos – Eu fiz isso?

Um dia antes do jogo final, o decisivo, sonhamos que venceremos e o nosso ídolo irá brilhar. Muitas vezes, chegamos a repetir o lugar do último jogo devido à vitória. Vale tudo! Até a superstição tem peso especial no momento. As vezes chega a ser irritante quando o estádio cala-se e ver nosso time perder. De repente bate uma vontade de gritar por todos! Ganhar, ganhar, ganhar! E olha que pode dar resultado, nada como um incentivo para mudar a história de algo. Quando não da certo, aí vem o choro! Mesmo que não expressado realmente, mas por dentro estamos chorando copiosamente. E chega a hora da explicação para o revés.

Mas, quando a conquista vem...aí não tem jeito! Rezamos, agradecemos ajoelhados ou de pé e até choramos. Se o triunfo for completo, aí se paga promessa, se invade gramado e tudo isso numa explosão de satisfação. A racionalidade fica para o segundo plano. Só a paixão e o coração dão as cartas! Ou ABC ou América ou Alecrim, a emoção toma conta. Não tem jeito.

É o ópio nacional, a alienação deliciosa do futebol, onde mesmo sabendo do pão e circo... Aceitamos ser plebeus em Roma, não do coliseu! Mas sim do Machadão, do Frasqueirão, do Nogueirão... Onde a bola rolar.

(por João Maria Fraga)

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