domingo, 27 de abril de 2008

Opinião: Apenas uma síntese!

Caros amigos,

Vi um ABC x Potiguar de uma forma surpreendente, de um lado um clube que passou um mês se preparando para a final, inclusive contratando e dispensando jogadores, e claro que isso tem o preço do ritmo de jogo. E do outro lado, um time que teve campanha de se chamar a atenção, jogando com jogadores pouco conhecidos, sem com recursos pra fazer “pesadas” contratações.

A torcida em massa, mesmo que em luta constante contra o tempo que se fechou, a chuva que estranhamente escureceu a cidade do sol, nesse dia, aonde capital x interior iria decidir quem tem o melhor futebol do RN, em 2008. Nos primeiros 90 minutos o ABC construiu uma boa vantagem sim, pois o 2 a 2 de Mossoró dava o título em caso de novo empate em Natal. E ainda levando em consideração o mando de campo, a pressão sobre o alvirrubro, árbitro e etc.

Porém, dentro de campo a coisa foi outra. Depois de 27 minutos de euforia alvinegra que fazia 2 a 0, e assim tornava o Potiguar quase sem chances , o ABC manteve a velha máxima de todo o primeiro turno, ou seja, um ótimo primeiro tempo e queda vertiginosa na etapa complementar.

Quem diria que o time macho viria pra cima no segundo tempo com a missão quase suicida de fazer três gols, ganhar o jogo e o título. E não é que a missão impossível, quase que como no filme, por pouco aconteceria na realidade. Quase assistimos o potiguar fazer primeiro, segundo e até um terceiro, se esse não fosse anulado. . Um jogo complicado! O empate, o sofrimento da massa alvinegra que gritava ao ver o título quase escapar da mão... “acabou, acaba juiz, acabou, acaba o jogo”. Enquanto o alvirrubro sufocava a defesa alvinegra com uma partida inspirada de Vaninho (camisa 10 que faltou no ABC e sobrou no Potiguar), indiscutivelmente um dos melhores jogadores em campo, junto com o camisa 8 (Jean).

Ficou um aprendizado: O ABC tem que melhorar muito pra série “B”. Quem analisa o Criciúma jogar, Juventude, Corinthians e outros, percebe as deficiências do ABC! Que sofre na defesa, no meio de campo, que não consegue o primordial, fazer a tão conhecida ligação defesa-ataque. Falta um meia que cadencie o jogo, que lance com precisão, que faça a bola correr, invertendo o seu lado do campo quando necessário, deixando os atacantes na cara do gol. Falta outro volante pra jogar ao lado de Márcio Hahn (com mais qualidade técnica!), que além de marcar possa também dar ritmo ao jogo, com um bom passe e precisão no desarme. Não direi que o abc já teve esse jogador, porque falar em Audálio hoje é bater em uma nota já muito tocada, apesar da diretoria não querer ouvir.

E o ataque! Pelo amor de Deus! O Vinícius está visivelmente fora de peso, deve urgentemente entrar em forma, mas, até tem potencial! E creio que renderia mais fazendo o pivô, sendo um homem de referência na área e não um atacante que volta à defesa para buscar o jogo. Talvez isso ocorra pela falta de um meio de campo qualificado que faça a bola chegar nele, coisa que o potiguar fazia e bem. O ABC poderia também se dedicar nas contratações de jogadores mais jovens, que não tenham maiores problemas para entrar em ritmo de jogo, que não chegue aqui com quatro meses sem jogar. Mesmo achando que Vinícius em forma possa ser útil, trata-se de um jogador de área com qualidade técnica. Ele sabe o que faz com a bola, porém tem que ter condições físicas para maior rendimento.

(Por João Maria Fraga)

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