Confira a entrevista:
Sabemos que o senhor deixará o ABC, ao término da Série B, para se transferir ao Botafogo de Ribeirão Preto. Como se deu a negociação?
Desde a semana passada eu fui contactado pela diretoria do Botafogo, time pelo qual trabalhei em 2001 e deixei grandes amigos. Me interessei pela proposta, até porque é o desejo de qualquer treinador de futebol disputar o Paulistão, que é, na minha opinião, o campeonato estadual de maior prestígio do Brasil. Mas deixei claro que só poderia acertar com eles depois de uma conversa com o presidente Judas Tadeu.
E como foi a conversa com Judas Tadeu? Quando você o procurou?
Eu me reuni com ele (Judas) na segunda-feira e a conversa foi bastante tranqüila, até porque o meu contrato com o ABC é até o término da Série B. O presidente me deu carta branca para acertar com Botafogo. Judas pediu apenas que eu cumprisse com o meu dever de deixar o ABC numa situação segura na tabela da Série B, e cumprirei.
O senhor acha que o anúncio como treinador de um novo clube para o próximo ano pode atrapalhar seu trabalho aqui nesta reta final?
De forma alguma. O Campeonato Brasileiro da Série B e o Campeonato Paulista de 2009 são duas coisas distintas. O fato de eu estar indo disputar uma competição no próximo ano, não interfere em nada o trabalho de agora. No momento, meu foco é a permanência do ABC na Série B, longe da zona de risco na tabela. Esse tipo de negociação uma coisa normal no futebol, desde que seja tratada com ética e transparência, como é este caso.
E quanto a formulação do elenco para o Botafogo? Como o senhor vai conciliar isso, estando aqui no ABC?
Quem procura jogador, quem contrata, quem forma um elenco é a diretoria de um clube. E é isso que eles estão fazendo lá. Lógico que de vez em quando eles me ligam para me consultar a respeito de algum jogador específico, mas isso não atrapalha em nada nosso trabalho aqui no ABC.
O fato dos jogadores saberem que você acertou com outro clube para o próximo ano, pode criar algum clima de desconforto na sua relação com eles?
Não. O que vai acontecer comigo em 2009 não é de interesse dos jogadores. O que eu posso garantir é que todos que estão hoje no ABC, que fazem parte do elenco, estão inteiramente comprometidos com a permanência do clube na Série B. Todos estão se empenhando ao máximo para isso.
O senhor chegou a conversar com eles sobre sua saída?
Não há necessidade de conversar com o elenco sobre isso. Na verdade, assim como eu, os atletas têm seus contratos firmados com o ABC até o término deste campeonato. Não há porque conversar sobre minha saída ou a saída de quem quer que seja após o fim da competição. Repito: o foco aqui é a Série B.
Em que situação o senhor espera deixar o ABC?
Em uma situação segura na tabela, longe da zona de risco. Desta forma, estarei cumprindo com o compromisso firmado com o presidente Judas de garantir a permanência do ABC na Série B 2009. É para isso que estamos trabalhando. Vamos em busca de pontos nos jogos fora de casa e de vencer as partidas aqui no Frasqueirão. Com isso poderemos terminar o campeonato na zona intermediária da tabela, sem sufoco.
Fonte: Tribuna do Norte
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